quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Jornalista revela história da Desatadora dos Nós

 domtotal.com
História começou com papa Francisco, quando ele era apenas padre.
Nossa Senhora tem, estima-se, mais de dois mil títulos.
Nossa Senhora tem, estima-se, mais de dois mil títulos.

Por Rosangela Padovan

A história da origem à crescente devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós acaba de ser revelada em livro. Em  Desatadora, a Virgem que o papa Francisco converteu em fenômeno de fé, o jornalista Eduardo Mattos conta como uma antiga imagem da Virgem Maria, que decora a parede de uma igreja da Alemanha, foi transformada na mais recente das representações da Mãe de Deus pelo padre argentino que quase 30 anos depois seria eleito como o papa Francisco.

Mattos passou quase dois anos para desvendar a origem da devoção à Desatadora. “Nossa Senhora tem, estima-se, mais de dois mil títulos, a maior parte deles originados de aparições ou de sua interferência em eventos”, lembra o autor, citando Fátima, que apareceu a três pastorinhos em Portugal, e Auxiliadora, invocada pela primeira vez no século 16, durante uma batalha naval entre católicos e muçulmanos. “Quando me interessei pela Desatadora, percebi que não havia nem uma coisa nem outra em relação a Ela; foi o que me estimulou a descobrir a origem da devoção”.

Em sua investigação, o autor acabou descobrindo o que define como uma bela história de fé. “A devoção à Desatadora desabrochou nas mãos do padre Jorge Mario Bergoglio na segunda metade dos anos 1980, quando ele vivia em Buenos Aires e era pouco conhecido fora de sua congregação, a Companhia de Jesus. Ele recebeu um cartão postal, um souvenir desses que se vendem em lojinhas de museus, que tinha a reprodução de uma obra de arte, o retrato de Maria tirando nós de uma corda”, conta. Quando viu a pequena estampa, conta Mattos, teve uma revelação: “Não há nó que resista às mãos da Mãe de Deus. Basta ter fé”, lembra. O autor narra no livro as condições em que a isto aconteceu: “Bergoglio vivia um momento de isolamento entre os jesuítas por causa de disputas internas”.

O livro conta também como a devoção à Desatadora, depois de explodir na Argentina, veio para o Brasil. Primeiro para Búzios, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. E depois para Campinas, no interior de São Paulo. Em Búzios, a advogada Isis Penido construiu com seus próprios recursos uma capela dedicada à Virgem Desatadora como promessa por graças alcançadas. Em Campinas, um ex-piloto de avião transformou uma boate que marcou época na cidade, na década de 1990, em santuário para a Virgem.

“O livro traz a história de pessoas que têm a fé como um dos principais pilares de suas vidas”, diz o autor, que é jornalista há
40 anos – foi repórter dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, na capital paulista, e editor-chefe da Agência Estado,
maior agência brasileira de informação. A publicação traz um caderno de 16 páginas com fotos coloridas de lugares dedicados à Santa
e dos personagens cujas histórias são narradas.

Um site de internet foi criado especialmente para quem quer conhecer o conteúdo do livro. Pode ser acessado em www.edmm.com.br/desatadora. Ali, além de imagens de lugares importantes na devoção à Desatadora, são mostradas fotos de personagens e entrevistas em vídeo com o autor.

Editora MM / Dom Total

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